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Vídeos mostram cavalos sofrendo maus-tratos no Distrito Federal.

Vídeos mostram cavalos sofrendo maus-tratos no Distrito Federal.

Imagens feitas no Setor de Indústria Leste do Gama, no Distrito Federal mostram um homem agredindo um cavalo com chutes, no pátio de uma loja de materiais de construção.

No local, é comum ver carroças que fazem frete de cimento, ferragens e madeira, serviço que vai passar a ser proibido a partir do ano que vem.

O flagrante foi registrado pela estudante Mariana Queiroz, da janela de casa. O animal, que está no chão ainda amarrado à carroça pelo cabresto, parece exausto. “A gente percebeu que ele tentava puxar o cabresto, tentava reergue-lo de uma forma muito brusca, além de outras agressões, com chicote e com a mão”, disse a moça.

O guardião do animal, Antônio de Fátima, disse que o cavalo tropeçou no cabresto e caiu. “Para levantar ele tem de ser daquele jeito. Nós tentamos com quatro ou cinco homens e não tem como levantar”, declarou. O animal tem 9 anos e transporta seis sacos de cimento quatro vezes por dia. A cada viagem, o peso atinge cerca de 300 kg.

Outro vídeo mostra a carga pesada que outro cavalo precisa transportar. Nas imagens, é possível ver a carroça praticamente tombando. Apesar disso, dois homens ainda sobem no veículo.

Maus-tratos

Dados da Federação de Defesa de Animais do DF contabilizam 15 mil cavalos sob a guarda de carroceiros na cidade. Por causa dos maus-tratos a que são submetidos, a maioria só dura a metade do tempo de vida médio de um cavalo comum.

Segundo a entidade, os animais são obrigados a trabalhar até a exaustão e estão quase sempre anêmicos e machucados. Os que são abandonados são levados para o resgate de animais da Secretaria de Agricultura.

“Essa questão dos maus-tratos tem muito a ver com os custos. O sujeito precisa trabalhar, ele tá a margem da sociedade. Por uma questão de valor, de custos, eles preferem perder o animal, exploram o animal até o limite, se livram dele e compram outro de um mercado de potros que acontece entre eles”, diz a presidente da federação de defesa do animal, Carolina Mourão.

No fim do ano passado, o governo sancionou uma lei que proíbe a circulação de carroças no DF e prevê a transição delas por veículos do tipo “tuc-tuc”, por exemplo, num prazo de dois anos. A lei ainda será regulamentada pelo Buriti.

Fonte: g1.globo.com

Data da postagem: 21/02/2018 - id 8472

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